Ciências da Vida: NEMATÓIDES

FILO DOS NEMATÓIDES, SEGUNDO O LIVRO

Como são os nematóides

O corpo dos nematóides tem forma delgada, pontas afiladas e musculatura desenvolvida, que os torna capazes de dar “chicotadas” no ar. Por isso esses vermes podem enfiar-se facilmente entre os grãos do solo ou atravessar os tecidos de outros seres vivos. Essa habilidade, aliás, é bastante útil, pois muitos deles são parasitas de plantas e animais – incluído o ser humano.

Ao contrário dos platelmintos, os nematóides possuem um tubo digestório completo, ou seja, com duas aberturas: uma delas, a boca, para entrada do alimento, e a outra, o ânus, para a saída dos restos não digeridos. Esse tipo de tubo permite que a alimentação seja um processo contínuo: o animal pode continuar se alimentando enquanto elimina os restos do que já passou pelo tubo.

O Ancilóstomo e o necátor

A ancilostomíase ou ancilostomose (ou “amarelão”) pode ser causada por duas espécies de namatoides: o ancilóstomo (Ancylostoma duodenale) e o necátor (Necator americanus). São dois namatoides muito semelhantes, que medem entre 8 e 18 milímetros de conprimento.

O verme se fixa na parede do intestino delgado com estruturas parecidas com dentes ou lâminas cortantes que tem na boca. Perfurando a parede intestinal, ele atinge os vasos e se alimenta do sangue da pessoa.

A perda de sangue faz o doente ficar anêmico, com a pele muito pálida. A anemia provoca cansaço, fraqueza, tontura, desânimo e dores musculares. No sangue existem hemácias, ou glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio dos pulmões para as células. Se a pessoa perde sangue e fica anêmica, o transporte do oxigênio é prejudicado.

À medida que a anemia piora, surge falta de ar e deficiências na circulação e no funcionamento do coração, que podem levar à morte.

Os vermes adultos vivem no intestino delgado do ser humano. Se os ovos liberados com as fezes caírem em solo úmido e quente, dão origem a uma larva. A larva penetra na pele através dos pés descalços, cai no sangue e depois passa por vários órgãos até chegar ao intestino; pode também ser ingerido com alimento ou água contaminado, indo direto para o intestino.

O diagnostico é feito pela presença de ovos nas fezes do doente. Alem dos medicamentos que combatem o verme, são indicados outros para repor o ferro perdido com o sangue, sem falar, é claro, de uma boa alimentação.

Para prevenir a contaminação pelos vermes do “amarelão” são necessários:

*medidas de saneamento básico (instalação sanitárias adequadas);

*Uso constante de calçados nas regiões com focos da doença;

*tratamento dos portadores da doença.

Como os efeitos do verme são mais perigosos em pessoas desnutridas, o combate á desnutrição também é fundamental.

ANCILÓSTOMO

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http://lhsvirtualzoo.wikispaces.com/file/view/Necator_americanus_bocaemvarredura.jpg/210216460/Necator_americanus_bocaemvarredura.jpg

O bicho-geografico

Algumas espécies de nematóides parasitas de cães e gatos produzem larvas que podem penetrar na epidemia humana. Nesse caso, surge a doença conhecida como bicho-geogréfico, ou “bicho das praias”.

Como o ser humano não é o hospedeiro adequado ao parasita, as larvas não conseguem na pele, onde se deslocam abrindo túneis. Esses túneis são vistos externamente como linhas que lembram o traçado de um mapa. Vem daí o nome popular da doença, “bicho-geográfico. A “escavação” dos tuneis pelas larvas provoca intensa coceira.

As larvas são geralmente encontrados em praias poluídas pelas fezes de cães e gatos. Por isso esses locais são o ambiente mais comum de contaminação.

Há tratamentos que matam as larvas. A prevenção contra a doença consiste em:

*impedir o acesso de animais a tanques de areia de escolas e parques, onde brincam crianças; *na praia, andar de chinelos e sentar-se em cadeiras ou esteiras para evitar o contato da pele com a areia;

*não levar animais á praia

A filaria

O nematóide conhecido como filaria vive nos vasos linfáticos humanos, causando uma doença chamada filariose, ou elefantíase.

Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de liquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue chama-se linfa.

A presença de filarias nesses vasos origina inflamação que podem obstruir a circulação da linfa e ocasionar seu acúmulo em certos órgãos do corpo. Isso ocorre principalmente nos membros inferiores, como as pernas, que ficam inchadas e deformadas. Vem daí o nome elefantíase.

As larvas produzidas pelas fêmeas migram dos vasos linfáticos para o sangue. Quando certas espécies de mosquitos (dos gêneros Culex e Anopheles ) sugam o sangue de indivíduos parasitados, adquirem as larvas que continuam seu desenvolvimento no corpo do mosquito.

Há medicamentos que combatem os vermes, mas é difícil reverter as lesões e deformações provocadas pela filaria. A prevenção à filariose é feita por:

*combate ao mosquito e suas larvas;

*tratamento dos doentes (eliminando, assim, os focos de contaminação);

*saneamento ambiental, com a drenagem das águas pluviais e o tratamento dos esgotos;

*redução do contato entre os seres humanos e o mosquito com a instalação de telas nas portas e janelas das casas e o uso de mosqueteiros.