quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ARTRÓPODES

ESSE TEXTO FOI TIRADO DO NOSSO LIVRO DIDÁTICO


Insetos: os artrópodes mais numerosos
Moscas, mosquitos, abelhas, baratas, besouros, formigas, gafanhotos, cupins, borboletas, pulgas, siris, lagostas, camarões, aranhas, lacraias, carrapatos, escorpiões... Essa pequena lista não passa a idéia da diversidade de espécies existentes no filo dos artrópodes: já foram identificadas e descritas mais de 1,6 milhões de espécies de artrópodes. Número que é maior que o total de espécies de todos os outros animais!




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Como são os artrópodes
Quem já segurou um camarão na mão pode perceber logo que esses animais têm uma espécie de “casca” rígida. Essa “casca” é o esqueleto dos artrópodes. Ao contrário do nosso esqueleto, que interno, o desses animais é externo.
O esqueleto de um artrópode é uma carapaça conhecida por cutícula, feita de proteínas e de uma substância resistente chamada quitina. Como envolve o corpo do animal pelo lado de fora, ela é chamada de exoesqueleto.
Além de proteger o animal contra predadores e sustentar seu corpo, o esqueleto dos artrópodes terrestres diminuiu a perda de água por evaporação. Essa proteção contribuiu para a sobrevivência dos grupos de artrópodes que, há milhões de anos, invadira o meio terrestre. É o caso dos insetos.
A rigidez da carapaça é importante porque dá proteção aos artrópodes, mas por outro lado, poderia dificultar os seus movimentos. No entanto, apesar da carapaça, eles costumam ser bastante ágeis.
Os artrópodes têm essa agilidade porque, em certos pontos, o esqueleto é mais fino e pode ser dobrado: examinando as pernas de um inseto, constatamos que elas possuem articulação (são dobráveis). Essa característica dá o nome ao filo.

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  A agilidade dos artrópodes é resultado também da existência de uma musculatura bem desenvolvida, com músculos capazes de contrações rápidas.                                                                                                                                                                         Os músculos se prendem ao exoesqueleto e funcionam aos pares: enquanto um deles se contrai, o músculo oposto a ele relaxa, puxando ou esticando as diferentes partes corporais, e outra característica dos artrópodes são os segmentos que também são encontradas nos anelídeos.
O crescimento dos artrópodes
O corpo dos artrópodes em fase de crescimento aumenta de tamanho, mas exoesqueleto, que não pode crescer, não o acompanha. Por isso, em certos períodos da vida, os artrópodes abandonam o exoesqueleto, crescem e fabricam outro maior: esse processo de troca de exoesqueleto é chamado de MUDA.

Os grupos de artrópodes
O grupo dos artrópodes pode ser dividido em cinco grupos menores: insetos, crustáceos (atualmente considerados um subfilo), aracnídeos, diplópodes e quilópodes. Agora vamos estudar apenas os insetos; os demais grupos ficam para o próximo capitulo. Os insetos formam o grupo com maior número de espécies conhecidas entre os artrópodes. Essa diversidade indica que os insetos foram muito bem-sucedidos na colonização do ambiente terrestre, onde a maior parte deles vive.

O corpo dos insetos
O corpo dos insetos é dividido em três regiões: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça há um par de antenas, que capta cheiros e é sensível ao tato; olhos simples – os ocelos -, que acusam a presença de luz e de objetos próximos; e olhos compostos, formados pela união de várias unidades dotadas de lentes que, em conjunto, fornecem imagens dos objetos e são muito sensíveis aos movimentos (por isso, é muito difícil pegar mosca).
Ao redor da boca existem várias peças, as peças bucais, que ajudam na alimentação do animal e variam muito entre os insetos. Existem, portanto, insetos com aparelhos bucais do tipo cortador e mastigador, sugador, picador-sugador, lambedor, etc.
No tórax há três pares de pernas. É também no tórax que se prendem os dois pares de asas, que se encontram na maioria dos insetos; os mosquitos e as moscas têm apenas um par de asas funcional (o outro par é atrofiado).
Poucos insetos não possuem asas. É o caso, por exemplo, das traças-dos-livros e das pulgas. Outros, como as formigas e os cupins, apresentam asas apenas na época da reprodução: os machos e as fêmeas férteis realizam o vôo do acasalamento e, em seguida, perdem as asas.
Adicionadas por músculos eficientes, as asas representam um passo muito importante na conquista do ambiente terrestre. Elas ajudam os insetos a fugir de predadores, a buscar comida e parceiros sexuais em lugares distantes e a explorar novos ambientes. Alias, os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar.
Os insetos possuem um sistema digestório com glândulas que fabricam enzimas digestivas e um sistema circulatório que leva o alimento até as células.
Os insetos respiram por meio de traqueias: são tubos muito finos que saem em orifícios nas laterais do tórax e abdome. O gás oxigênio entra por esses tubos e é levado diretamente até as células. O gás carbônico segue o caminho oposto.
  
O desenvolvimento dos insetos
De modo geral, os inseto têm os dois sexos em indivíduos distintos (ou seja, há machos e fêmeas que acasalam). A fecundação é interna: os espermatozóides são lançados dentro do corpo da fêmea, onde fecundam os óvulos. Os ovos são envolvidos por uma casca impermeável que evita seu ressecamento (perda de água) e permite sua sobrevivência em ambientes secos.
Em alguns insetos, como a traça-dos-livro, o ovo origina um individuo semelhante ao adulto, o desenvolvimento é direto, sem metamorfose.
Em outros insetos, o ovo origina um individuo chamada ninfa, que apresenta pouca diferença em relação ao adulto. No caso do gafanhoto, por exemplo, a ninfa não possui asas. Dizemos então que ocorre uma metamorfose incompleta.
Finalmente, há insetos com metamorfose completa. Nesse caso, do ovo sai uma larva, forma de vida que é bastante diferente do animal adulto.
Essa forma de desenvolvimento ocorre, por exemplo, em besouros, abelhas, borboletas e mosquitos. As larvas (chamadas lagartas, no caso das borboletas) basicamente comem e crescem. Após algum tempo, deixam de comer e ficam imóveis. Essa é a fase de pupa, na qual a larva se transforma em adulto.
Da pupa sai então um animal adulto e sexualmente maduro. Sua principal função é achar um parceiro sexual e se reproduzir.
A vida dos insetos
Formigas, cupins e algumas espécies de abelhas e vespas formam sociedades em que há uma divisão de trabalho muito grande. Certos indivíduos chegam a apresentar diferenças corporais, dependendo da função que exerce. Veja alguns exemplos de sociedade entre os insetos.
A colmeia
Em uma colmeia o que mais chama a atenção é a organização. Todo o trabalho é feito por abelhas fêmeas estéreis, isto é, que não se reproduzem, as operárias. Elas se encarregam de procurar alimento (o néctar e o pólen das flores) e também de construir, limpar e defender a colmeia. Além disso, alimentam a rainha e sua prole com mel (produzido pela abelha com néctar das flores), pólen e geléia real (secreção produzida pelas operárias). As operárias produzem também a cera, usada na construção da colmeia.
A rainha é a única fêmea fértil da colmeia. Pode por cerca de mil ovos por dia e viver de cinco a dez anos. Além das operarias e da rainha, existem os zangões, machos que tem como única função a fecundação da rainha. Depois de cumprirem essa função, morrem.
Durante anos a rainha armazena em seu aparelho reprodutor milhões de espermatozóides que recebeu dos zangões. Assim, produz continuamente ovos fecundados.

O formigueiro
A fêmea fértil da sociedade de formigas conhecidas como saúvas é chamada de rainha, ou iça. Há também machos férteis, ou bitus, e fêmeas estéreis, as operarias.
Em dias quentes e úmidos, entre outubro e dezembro, rainhas e machos alados (com asas) saem para a revoada ou voo nupcial. Após a copula, em pleno ar, as rainhas livram-se das asas, abrem canais no solo e constroem novos formigueiros.
As saúvas, uma espécie de formiga que ataca plantações, não se alimentam diretamente das folhas coletadas; elas mastigam pedaços de folhas, misturando-os com saliva. Sobre essa mistura cresce um fungo, que é o alimento das saúvas.

Nós e os insetos
As abelhas, além da importantâcia delas na polinização de nossos pomares, consumimos o mel e outros produtos que elas fazem.
O bicho-da-seda é uma larva de uma espécie de mariposa. No entanto, nossa relação com insetos não e feita de apenas de benefícios. Muitas doenças que nos atingem são transmitidas por eles, como a malária, a filariose e a doença de Chagas.

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