Os metazoários são o grupo que compõe todos os animais
existentes, cujo ramo de estudo é a Zoologia. Os animais são seres
eucarióticos, multicelulares e heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio
alimento.
Existem
várias teorias para o surgimento dos animais, dentre as principais estão:
- Sincicial: dois
zoólogos propuseram que um protista flagelado deu origem aos animais. O seu núcleo
teria se dividido várias vezes dentro da mesma célula, e depois evoluindo para
formar o primeiro animal. O erro consiste no fato de que na natureza não se
observa essas células com vários núcleos.
Exemplo de Sinciciotrofloblato multinucleado
- Simbiótica: começaram
com de um protista flagelado, com um núcleo e que foi englobando outras células
e estas se transformando em organelas. O erro é o de que normalmente as células
que entram em outras são digeridas.
- Colonial: segundo
Ernst Haeckel, haveria um protista flagelado com núcleo e colarinho, sofrendo
uma única mutação, que gerou o primeiro animal. É a teoria mais aceita. Os
coanoflagelados da tese e os animais são os únicos com colágeno, o que aproxima
os dois grupos na escala evolutiva. O coanoflagelado tem grandes semelhanças
com os coanócitos, células do grupo animal mais primitivo, os poríferos.
Esquema da teoria colonial e da embriologia dos animais.
Embriologia
Na
reprodução sexuada dos metazoários, o desenvolvimento do embrião se dá pela
fecundação do espermatozoide no óvulo, formando o zigoto. Este zigoto sofre
divisões conhecidas como clivagens,
criando um estágio de 8 células, para depois formar um aglomerado maciço de
células denominado mórula. A mórula fica
oca, com as células indo às extremidades, criando uma cavidade denominada blastocele, cheia de água e nutrientes.
À medida que cresce, a blástula
passa a se invaginar, com as células da extremidade partindo em direção à
blastocele. Este processo se denomina gastrulação,
gerando uma gástrula e uma camada
interna de células (endoderme) e uma
externa (ectoderme). Além disso, se
forma o arquêntero e o blastóporo. Obs.: o estágio evolutivo
dos poríferos para na blástula (apomorfia dos metazoários) com leve presença da
gastrulação. Os cnidários param na gástrula.
- Blastóporo: boca
e ânus primitivo.
- Arquêntero: intestino
primitivo.
- Ectoderme: forma
a pele.
- Endoderme: origina
o intestino e reveste o arquêntero. Algumas de suas células se dirigem ao meio
cheio de água e proteínas, a blastocele, e origina a mesoderme.
- Mesoderme: reveste
a blastocele, dando origem a todos os órgãos internos, exceto o intestino.
- Celoma: espaço
onde fica o pulmão, por exemplo. É revestido totalmente pela mesoderme. A
presença do celoma tem diversas funções, como abrigar os órgãos internos, dar
espaço ao desenvolvimento de estruturas internas e facilitar o transporte de
nutrientes, excretas e oxigênio entre células distantes. Animais como os
platelmintos são achatados e, portanto, podem transportar substâncias por difusão,
pois não possui células longe do meio. Assim, não possuem essa estrutura
chamada celoma, são, portanto, acelomados. Nematoides são pseudocelomados, ou seja, possuem uma cavidade com as mesmas
qualidades de um celoma, mas não é assim denominada porque não é delimitado
totalmente pela mesoderme.
Esquemas dos folhetos embrionários.
Simetria
é a semelhança de forma, posição e medida entre duas ou mais partes do corpo,
quando este é cortado por um plano imaginário que passa por seu eixo central. A
simetria bilateral tem dois lados
muito semelhantes, como se um deles fosse a imagem espelhada do outro. A
simetria radial possui varias partes
iguais, sempre partindo de um ponto central. A radial é encontrada em alguns
poríferos, nos cnidários e nos equinodermos. Animais com simetria radial são quase
sempre sésseis ou de movimentação lenta. Os bilaterais se locomovem
rapidamente.
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